Olá, leitor. Como é bom ter você por aqui, e como é bom poder escrever.
Hoje, eu começo a explorar uma possibilidade, uma habilidade que tanto gosto e quero desenvolver: a escrita. Para ser mais exata a específica, a escrita de blog: uma escrita-conversa, escrita-que-alcança, escrita-que-toca.
Escrever já faz parte da minha rotina de diversas formas. Mantenho um caderno de escrita físico, no estilo diário, ainda que de "diário", no sentido de ser escrito diariamente, não tenha nada. No bloco de notas do celular, tenho também alguns espaços que se dividem primeiramente em desabafos, ideias soltas; depois, eles podem vir a se tornar crônicas, contos, poemas, ou, por vezes, só uma legenda para um post no Instagram. De modo geral, a escrita serve, pra mim, para expressar o que sinto.
"Escrevo, acima de tudo, porque sinto", disse para mim mesma um dia. (E registrei na foto ao lado, que adoro!)
Só que agora, há alguns dias, venho amadurecendo essa ideia de uma escrita que não apenas expresse meus sentimentos, já que nesses casos, geralmente, ela fica mais enigmática, não tão clara. Sinto que me falta um escrever para comunicar, para deixar claro aquilo que tenho a dizer. Quero me dar uma voz que quer ser ouvida e compreendida. Uma voz amiga, que compartilha, que alcança o outro, que toca o coração do outro. Ainda que essa conversa, inicialmente, seja apenas comigo mesma.
Porque começar um blog pessoal em 2023 pode soar um pouco ultrapassado. E é mesmo. Escrever em blog é uma prática que ficou lá pelo início dos anos 2000, quando a gente ainda não tinha tanto acesso a Facebook, Instagram, TikTok e tantas outras formas de compartilhar, comunicar, dizer. Eu mesma não peguei muito essa fase, porque era bem novinha quando blog ainda era algo em alta. Nem sei, pela prática, muito sobre o que é escrever em blog ou o que é acompanhar um blog. Mas tenho curiosidade em começar, e por isso estou aqui.
Dentre os motivos para começar um blog, tem um trecho de um livro que, desde que li pela primeira vez, fica martelando na minha cabeça. Ele é assim:
Como escrever em tempos tão urgentes e estranhos? Como escrever sobre nós se cada vez menos sabemos quem somos? Como escrever num planeta em acelerada transformação? Escrevemos e já não é e, de novo, já não é, a cada frase. (Carola Saavedra)
O trecho é de um livro intitulado "O mundo desdobrável: ensaios para depois do fim", da Carola Saavedra (na foto ao lado), uma escritora brasileira que conheci no ano passado e, desde então, venho me encantando com tudo o que leio dela.
Essa questão foi algo que me atravessou, e sempre volta, de diversas formas:
Como escrever ou dar voz às leituras em vídeos de TikTok ou reels de menos de um minuto? Como adequar minha escrita a um post do Instagram de caracteres limitados? Como escrever a quantidade suficiente em stories? Quero escrever apenas assim? Preciso? Que escrita faz sentido pra mim? Que escrita ainda faz sentido para o mundo? Isso importa?
Até que eu decidi que, não, não importa se a escrita de blog é considerada ultrapassada. Não importa se o que dá mais views e engajamento é um vídeo editado, um conteúdo rápido e visual. Nada disso importa quando dou voz ao que, no fundo, desejo fazer. Por mim, e não pelas redes. Não importa, também, se ninguém vai ler meus textos logo no começo. Não importa. O que eu quero é fazer algo que, pra mim, faça sentido. Me faça bem. Me faça estar cada vez mais perto da escrita, e, consequentemente, mais perto de mim. Porque a escrita é algo que amo, que me constitui.
Mas, é claro, não vou ser hipócrita! Eu tenho, sim, perfis ativos nessas redes sociais. Adoro estar por lá, os conteúdos que eu consumo são todos de lá. Tem muita coisa boa e ainda tem como criar de um jeito que eu gosto. Mas... eu sinto necessidade de um lugar em que possa escrever bastante, como aqui. E, ainda assim, que seja uma escrita para me comunicar. Não uma escrita extremamente profunda e lapidada, longe disso. Uma escrita simples, fluida, bem como uma conversa. Para que eu possa falar de coisas que tanto gosto e ser ouvida, para que seja possível, também, fazer novos contatos, conhecer pessoas, falar com pessoas, ler mais pessoas.
Então, se isso também faz sentido pra você que está lendo isso aqui, oi!, vamos juntos nessa jornada? Porque eu espero, leitor, que você também sempre escolha fazer aquilo que faça seu coração sorrir, assim como, hoje, eu escolhi estar aqui. E se você continuar me visitando por aqui, neste meu mais novo lugar especial, espero que sempre acabe se encontrando, também, em alguns dos meus pedaços.
Até a próxima!
Não quero perder uma postagem! Amei❤️
Muito inspirador! Continua por favor ❤️